quarta-feira, 23 de outubro de 2013


Ser empreendedor não te faz melhor que os outros. Ser loira, morena, ruiva, não te faz melhor que os outros. Ser cantor, ator, conhecido nas mídias sociais, jamais te fez melhor que os outros. Vi muitos que inclusive se mataram de tanto sucumbir à essa loucura que é a vida pública.

Não importa tua cor, raça, religião. Isso não te faz diferente dos outros. Tua bolsa não te faz diferente dos outros. Nem teu sapato, aliás. O que te faz diferente dos outros é teu coração. É o amor que tu dedica ao que tu fazes. É o tempo que disponibiliza gratuitamente em prol do outro. Tua verdade, teu sorriso franco, e a mínima necessidade de querer chamar a atenção. Isso que te faz diferente.

Lógico que nós, humanos e vaidosos que somos, decidimos por incrementar a vaidade à nossa vida. Cada vez mais, indiscutivelmente. Quem sabe uma boa maquiagem, uma roupa nova vez ou outra, um bom perfume sobre minha penteadeira, não me faça bem? É claro que sim! A vaidade, na medida certa, é essencial.

No entanto, ainda que eu tenha a roupa mais bela, o melhor batom ou o perfume que faça suspirar quando passo, nada disso será melhor que meu coração. Nada disso vai importar se eu não amar as pessoas do meu lado. Se não valorizar de verdade meus pais, se não deixar o orgulho de lado e pedir perdão a quem fizemos mal. Eu até sou permitido me zangar, vez ou outra, mas é imprescindível que eu saiba amar aquém disso. Se zangar é inevitável. Somos humanos. Permanecer assim é opção.

De toda forma, o olhar que lançarei a meu colega, o sorriso brando ao meu professor, um abraço, um aceno de mão ao meu vizinho, o carinho no animalzinho, isso me tornará mais feliz. Eu ficarei rico mesmo se não tiver um centavo no bolso. Eu serei diferente talvez não para os outros, sob seus olhos nus, mas incomparavelmente para mim. Isso importa.

Faça o que você ama, tenha foco, e intercale para que as pessoas descubram o quão bom isso fará na vida delas. Mas também, deixe que isso faça melhor ainda para você mesmo. Deixe um pouco do melhor de você para os outros. Deixe o aperto de sua mão na dela, uma nova amizade no ar. Seja verdadeira. Seja a pessoa que deita no sofá com roupas largas e um pote de pipocas ao lado no final de semana do mesmo jeito ali, de terninho social e cabelo feito.

Interfira o humor do seu semblante. Para melhor. E acredite que dessa maneira, ser empreendedor, cantor, ator, ou seja lá o que for, não te fará melhor que os outros, porém o simples fato de fazer o que ama e encantar o coração de outra pessoa já te fará um ser muito melhor. Consequentemente, tu te tornarás conquistador da própria vida, da clara certeza de viver e aí sim, lá no fundo, você vai perceber que a vida foi muito mais significativa, e que sim, em algum momento, você foi, e também fez a diferença no seu mundo.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Todos nós temos um pouco de Deus e do Demônio dentro de nós.


 

Deixar-se levar pelas aparências nos torna mais frios. Empurrar o orgulho de lado e estender a mão para ajudar alguém, nos torna mais próximos de Deus. Mas ninguém é absolutamente bom ou ruim sobre a face da terra. Temos nossas quedas e elevações, e só diferimos uns dos outros por fazermos mais mal do que bem ou vice-versa. Entende? Na verdade, somos ótimos mesmo em acusar os outros. Nesse quesito, todo mundo tira nota dez, esteja você na escola ou não. Virar esse dedinho para nós mesmos.. aiai.. Aí fica difícil.

Presidiários, drogados, ladrões, não são pessoas más. Mas aprendemos a criar medo, repulsa e nojo deles. Por que, se são humanos como nós? Na verdade, só optaram por um caminho que definimos como mal. Matar uma pessoa é ser mal, estuprar uma pessoa é ser mal, roubar, furtar, não importa. Tudo isso é ser mal. E metem cadeia neles. Mas ainda assim, por incrível que pareça, por mais que algumas pessoas duvidem, - eu também já duvidei- eles têm qualidades. Têm seu lado anjo, embora seja difícil para nós, humanos, enxergar isso numa situação como essa. Alguns desenham simbolicamente bem, sabem lidar perfeitamente com pessoas, tratar bem um idoso, amam sua família e têm uma gana enorme para ser empreendedor. No entanto, um determinado ato o classificou assim, e o pôs para detrás das grades. Fez errado? Fez. Mas gente, quem não comete erros?

Quem de nós saberia classificar o bem?

 Virar a cara para uma pessoa é errado. Invejar é errado. Vamos para a cadeira por isso? Não, não vamos. E graças a Deus, senão, infelizmente, todos nós estaríamos presos. Temos culpa disso? Não, afinal somos humanos. Erramos por natureza. Temos remédio para isso? Não, não temos. E às vezes, paro para refletir se a cadeira realmente seja um lugar para melhorar um ser humano.

A verdade é que não há como definir uma pessoa. O problema está nas concepções do mundo que adquirimos ao longo de nossa vida. Não nascemos com preconceito, mas aprendemos a cultivá-lo com o passar do tempo. A sociedade já nos impõe dados: se fizer isto, está certo, se fizer aquilo, errado. E quem de nós contraria isso? Grande maioria não. Aprendemos isso e deu, ninguém se importa muito em trabalhar a cabeça nesse sentido.

Mas, bem ou mal, nenhum de nós é santo ou malvado por natureza. Temos altos e baixos, e é muito da cabeça de cada um, do momento vivido, fazer o bem ou o mal. Eu, por exemplo, aprendi de berço que roubar é errado, condenar alguém é errado, matar alguém é errado. Minha mente crê nisso piamente.  Mas há pessoas que não pensam assim, ou simplesmente, não exatamente da mesma forma. Matam por amor, roubam pelos filhos, condenam por ambição. Quem de nós tem razão? Sem dúvida, minha sanidade diria que eu. Mas lá estaria eu julgando de novo. E, verdade seja dita, também tenho meu lado mal.
Mesmo que não seja capaz de matar uma mosca, gananciar, brincar maldosamente, responder mal aos meus pais já é um indício do mal dentro de mim. Independentemente do que você fizer, você sempre estará certo para alguns e errado para outros. A não ser que não faça absolutamente nada. Mas aí, qual é mesmo teu sentido de viver?

O que prezo é por vitórias sem pessoas prejudicadas, derrotas sem cabeças perdidas e sonhos com tapa-olho para os invejosos.  Independente do que desejar fazer, faça com amor, e pensando se é o bem. É claro que não nos damos ao tempo disso, mas certamente, você lembrará bem de seus pais neste momento, e o que te ensinaram a respeito. Como não são palpáveis, o bem e o mal sempre serão incógnitas difíceis de anunciar. O que importa é o que desejamos deles para nossa vida, e saber o que colheremos para ela, dependendo das decisões que resolvermos ter.

Ao fim, nem eu sei de nada, nem você. Mas de qualquer forma, acreditarei nessa teoria e será isso que me manterá viva, com fé na humanidade, e bem, um mínimo de persistência nesse meu amar. Tentarei fazer o máximo do melhor que tenho e mim e também, o mínimo do pior que me possuir. Afinal, todos nós temos nossos dois lados, não é mesmo? Tudo bem, acho que você já entendeu.