segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Todos nós temos um pouco de Deus e do Demônio dentro de nós.


 

Deixar-se levar pelas aparências nos torna mais frios. Empurrar o orgulho de lado e estender a mão para ajudar alguém, nos torna mais próximos de Deus. Mas ninguém é absolutamente bom ou ruim sobre a face da terra. Temos nossas quedas e elevações, e só diferimos uns dos outros por fazermos mais mal do que bem ou vice-versa. Entende? Na verdade, somos ótimos mesmo em acusar os outros. Nesse quesito, todo mundo tira nota dez, esteja você na escola ou não. Virar esse dedinho para nós mesmos.. aiai.. Aí fica difícil.

Presidiários, drogados, ladrões, não são pessoas más. Mas aprendemos a criar medo, repulsa e nojo deles. Por que, se são humanos como nós? Na verdade, só optaram por um caminho que definimos como mal. Matar uma pessoa é ser mal, estuprar uma pessoa é ser mal, roubar, furtar, não importa. Tudo isso é ser mal. E metem cadeia neles. Mas ainda assim, por incrível que pareça, por mais que algumas pessoas duvidem, - eu também já duvidei- eles têm qualidades. Têm seu lado anjo, embora seja difícil para nós, humanos, enxergar isso numa situação como essa. Alguns desenham simbolicamente bem, sabem lidar perfeitamente com pessoas, tratar bem um idoso, amam sua família e têm uma gana enorme para ser empreendedor. No entanto, um determinado ato o classificou assim, e o pôs para detrás das grades. Fez errado? Fez. Mas gente, quem não comete erros?

Quem de nós saberia classificar o bem?

 Virar a cara para uma pessoa é errado. Invejar é errado. Vamos para a cadeira por isso? Não, não vamos. E graças a Deus, senão, infelizmente, todos nós estaríamos presos. Temos culpa disso? Não, afinal somos humanos. Erramos por natureza. Temos remédio para isso? Não, não temos. E às vezes, paro para refletir se a cadeira realmente seja um lugar para melhorar um ser humano.

A verdade é que não há como definir uma pessoa. O problema está nas concepções do mundo que adquirimos ao longo de nossa vida. Não nascemos com preconceito, mas aprendemos a cultivá-lo com o passar do tempo. A sociedade já nos impõe dados: se fizer isto, está certo, se fizer aquilo, errado. E quem de nós contraria isso? Grande maioria não. Aprendemos isso e deu, ninguém se importa muito em trabalhar a cabeça nesse sentido.

Mas, bem ou mal, nenhum de nós é santo ou malvado por natureza. Temos altos e baixos, e é muito da cabeça de cada um, do momento vivido, fazer o bem ou o mal. Eu, por exemplo, aprendi de berço que roubar é errado, condenar alguém é errado, matar alguém é errado. Minha mente crê nisso piamente.  Mas há pessoas que não pensam assim, ou simplesmente, não exatamente da mesma forma. Matam por amor, roubam pelos filhos, condenam por ambição. Quem de nós tem razão? Sem dúvida, minha sanidade diria que eu. Mas lá estaria eu julgando de novo. E, verdade seja dita, também tenho meu lado mal.
Mesmo que não seja capaz de matar uma mosca, gananciar, brincar maldosamente, responder mal aos meus pais já é um indício do mal dentro de mim. Independentemente do que você fizer, você sempre estará certo para alguns e errado para outros. A não ser que não faça absolutamente nada. Mas aí, qual é mesmo teu sentido de viver?

O que prezo é por vitórias sem pessoas prejudicadas, derrotas sem cabeças perdidas e sonhos com tapa-olho para os invejosos.  Independente do que desejar fazer, faça com amor, e pensando se é o bem. É claro que não nos damos ao tempo disso, mas certamente, você lembrará bem de seus pais neste momento, e o que te ensinaram a respeito. Como não são palpáveis, o bem e o mal sempre serão incógnitas difíceis de anunciar. O que importa é o que desejamos deles para nossa vida, e saber o que colheremos para ela, dependendo das decisões que resolvermos ter.

Ao fim, nem eu sei de nada, nem você. Mas de qualquer forma, acreditarei nessa teoria e será isso que me manterá viva, com fé na humanidade, e bem, um mínimo de persistência nesse meu amar. Tentarei fazer o máximo do melhor que tenho e mim e também, o mínimo do pior que me possuir. Afinal, todos nós temos nossos dois lados, não é mesmo? Tudo bem, acho que você já entendeu.

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