sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Lições para a minha- e para a sua- vida!


Procure um sentido na sua vida, vá passar um batom na sua boca que o que você tinha já saiu. Vá fazer algo que te traz paz e amor, algo que te enriqueça culturalmente e profissionalmente. Sem repúdio na hora de dizer a verdade ou falar em público. Encare, olhe nos olhos. Nós não somos menos que ninguém e ninguém é menos que nós. Cante nem que seja no chuveiro. Se tiver um pouco mais de coragem, vá a um karaokê. Querer estar sozinho no sem canto às vezes não é um problema, desde que esse às vezes não se expanda para todo o momento. Saia do seu quarto, da sua cidade, do seu país. enfrente seus temores e faça das pessoas à sua volta bons alicerces. Trafegue no limite, coma com equilíbrio e divirta-se pra valer. Pense antes de falar. Trabalhe sério, e no que ama. Se está muito difícil, vai indo aos poucos, mas não deixe de manter o foco naquilo que quer. Lembre-se sempre que você é o maior divulgador da sua marca. Vista-a bem e antes de sair cantando-a às pessoas, diga a você mesma porque ela é importante para você. E então, qual é meu diferencial?



Pode pegar um bloquinho se pressa para anotar. Eu aguardo. O importante é usufruir desse tempo com coisas boas. Ele não volta. O ontem, meu bem, já eras. Vai fazer o que agora? Chorar? Nada disso. Levanta e caminha. Vá até teu sonho. Por mais cabeludo que possa parecer, se faz sentido para você, pode também fazer para os outros. Mas é imprescindível que você acredite nisso. Muito. Todo dia. Incansavelmente. Pode até te descabelar às vezes, mas não pode deixar a peteca cair. É uma luta árdua e sem fim. Quem disse que seria fácil? A moleza é para os fracos, o que-claro!- eu sei que você não é. Então faça jus à isso: vista sua armadura e vá à guerrilha. Estufe o peito, feche os olhos se tiver medo e grite: Eu consigo!

Eu vou ficar à esguelha, tecendo meu fio de versos, e acreditando que você-sim!- pode se realizar.
Uma bitoca,
Vanessa Preuss

Das coisas que eu amo: Cheiros


Ele tem um cheiro suave que me arrepia dos pés a cabeça. Tem aquele odor de homem forte, determinando e bobo ao mesmo tempo. Adora me fazer rir, mesmo que eu me zangue com ele. Aliás, adora quando eu me zango com ele. É daqueles meio aproveitadores, sabe? Que te pega de surpresa quando está de costas e precisa sentir o seu cheiro antes que você vá dormir. Que não se importa com aquele pijama velho de coelhinhos, que diz que você está linda com o cabelo arrepiado e que te ama ver sem maquiagem.



Sim, eu sei que ele é um louco. Mas um louco que você adora, e ultimamente está amando mais do que tudo. Que faz seu coração disparar com um simples toque na nuca, e um simples olhar sem filtro. Esse olhar que você não consegue parar de notar. E apesar de você brigar pela roupa suja jogada no canto do quarto e pela toalha molhada sobre a cama- vamos limitar-nos a isso senão a lista fica grande- você o ama. Deseja, e sabe que esse desejar fala mais alto que tudo. Agradeça aos céus. Aos anjos, à todos os trompetes que te anunciaram ele. Porque, apesar de tudo novamente, você o encontrou, e você sabe que ele é completamente seu.
Inspiraram no príncipe encantado?
Esse foi um presente para o meu. :)
Beijos,
Vanessa Preuss

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

O que eu penso – e porque eu penso- sobre Steve Jobs


Sou uma pessoa apaixonada por pessoas empreendedoras. Seja pelo trabalho árduo e desafiador que têm ao decidirem criar uma nova marca ou abrir seu próprio negócio, seja pelo comprometimento diário e trabalhoso que têm por se manterem na guerra do mundo. Faço exatamente assim: arregalo os olhos, mantenho a boca semicerrada e depois fico mais um tempo admirando seu trabalho. E apesar de Steve Jobs não estar mais entre a gente- no último dia 24 ele completaria seus 59 anos- ele sempre é o primeiro que me veem à cabeça quando penso em uma carreira de sucesso. Há uma frase dele que sempre está na ponta da minha língua. Para você ter uma ideia, faço até bico para falar, se for preciso.

Mas vamos ao que interessa. Por que Steve Jobs é o cara?



Steve Paul Jobs nasceu na Califórnia, e foi deixado pelos pais para ser adotado por uma família que em promessa o levaria à faculdade. Cresceu, entrou em um grupo de estudos de eletrônica para jovens da Hewlett-Packard, e conheceu Stephen Steve Wozniak. Ele vira seu amigo e ambos criam um dispositivo que faz chamadas a longa distância de graça, e que começam a vender por 150 dólares, mas que termina quando são roubados. Insatisfeito com o curso na Universidade de Reed College que segue a seguir por desejo de seus pais, Steve pede permissão para assistir outras aulas pelo campus, e conhece a tipografia. Mais tarde ela viria a se tornar a fonte do Macintosh, um de seus maiores desenvolvimentos.
Ele passa por um período sem ter onde dormir e de fome, e só em 1974 volta a trabalhar na Atari. Com seu amigo de volta também, ambos revolucionam a tecnologia. Desenvolvem uma espécie de computador que chamam de Apple Computer Inc. e criam sua própria empresa para comercializar o aparelho. Depois, melhoram sua versão e criam a Apple Computer Co. Passam para a Apple II, e no terceiro lançamento, o trabalho e a dedicação se tornam um fracasso. Com outros parceiros e novas ideologias, desenvolvem então, a Apple Lisa, e mais tarde o Macintosh. Porém, em uma crise de desentendimento, Jobs sai da empresa. Em sua entrevista para formandos da faculdade de Stanford em 2005, uma das mais fascinantes que já vi, Jobs disse que ficou desempregado, e a dor foi desoladora. Mas, apesar de tudo, ele ainda amava o que fazia. Então, criou a NeXT e a Pixar nos anos seguintes. A Pixar apresentou o primeiro filme em desenho animado em computador, e se tornou o estúdio de animação mais bem sucedido do mundo, o que segue sendo ainda hoje. A NeXT, por sua vez, foi comprada pela Apple mais tarde, que ironicamente trouxe Jobs de volta à sua empresa de criação.
O que eu quis dizer, e o que ganho com esse texto resumido de sua vida? Ao invés de responder, faço uma nova pergunta: O que tudo isso reflete na vida de nós?
Eu não gosto de eletrônica e tecnologia como Jobs gostou. Eu amo escrever. Mas costumo, e tenho convicção de dizer que nossos olhos são muito enganadores. Vemos o sucesso de uma pessoa como se ele sempre existisse, e como se ela tivesse nascido com a bunda virada para a lua, em um berço de ouro avantajado. Não é bem assim, e Steve Jobs é um grande exemplo disso. Se você quer ser alguém na vida, precisa lutar. Batalhar. Não dar ouvido às más línguas. Descobrir o que te faz feliz, e o que dá sentido à sua vida. Ah, e se mover. Essa é uma das características de um empreendedor, seguida de flexibilidade, paciência- porque muitas vezes as coisas vão sim dar errado!- e amor ao seu trabalho.
Aliás, essa é a frase dele que tanto memorizo: “A única maneira de fazer um excelente trabalho é amar o que se faz”. Anotou?
Então é isso que te desejo. Isso, e o discurso de Steve Jobs, que você vai agradecer pelo resto de sua vida por tê-lo visto. Como diria o grande da tecnologia, “permaneçam tolos, permaneçam famintos”. Esse com certeza também é o desejo do mundo para nós.

Um beijo,
Vanessa Preuss

Das coisas que acredito: É preciso cortar o caule!


Toda vez que fecho meus olhos para dormir- e não precisa ser necessariamente à noite nem em uma cama leve e aconchegante- várias memórias me passam à cabeça. Saudades da minha infância, que mesmo estando somente a uma década longe de mim, se afasta cada dia mais e de deixa à mercê do mundo adulto; saudade de sentir o friozinho toda primeira vez que íamos a uma festa, o show ou balada com as melhores amigas; saudades do cobertor de infância, que já não cobre nem os meus pés mas que mesmo assim fico sentindo o cheiro somente para lembrar das únicas coisas que até então tinham importância em minha vida; saudade do sentimento de estar se tornando gente, e descobrir com isso que a vida estava andando muito rápida.



Todo esse tempo passou, e enquanto tento fechar os olhos e fingir que ainda durmo, há um filme em preto e branco que se passa por ele. Não sou míope nem daltônica, mas confesso que fico cega quando essa realidade me aparece. Há um filme rodando no mudo dentro de mim. Enquanto isso, o mundo lá fora gira e dá piruetas, e a plateia continua a assistir. Várias vezes já me perguntei qual é meu papel nele. Acho que sou uma mera telespectadora.. Da minha própria vida. Mas uma telespectadora fiel que não perde nenhum capítulo de minha novela, pois ela é a mais importante e verdadeira para mim. Idealista, às vezes, ranzinza- conseguimos isso sem ser velhos, olha que engraçado!- e sonhadora. Me diga, que graça teríamos se não sonhássemos?

Sonhos te permitem avançar em frente. E quando a estrada é longa e o caminho é muito optativo, você precisa começar a fazer alguns cortes. É como a plantinha: quando cresce está tudo bem, mas quando começa a amadurecer demais ou o inverno chega antes.. CLAP! Lá está você sendo cortado. Você pode até achar injusto e dolorido às vezes, e dizer que não tem oportunidades. Quero ver enxergar o quanto isso traz caule, flores e folhas novas. Fica reclamando da vida, e percebe injustiçada que as folhas dos outros estão crescendo, quando para as suas nem espaço você dá. É por isso que digo que precisamos tomar mais banhos de chuva: ela ajuda a purificar e abrir caminhos para novos botões surgirem e a vida não parar. O que está esperando para fazer a sua?

Sonhar é bom e possível- mesmo de olhos fechados-, mas não há nada melhor do que tocar sua vida sem receio e deixar a flor dela tocar e florescer. Porque no fundo, a única coisa que importa de verdade é o quanto acreditamos em nós mesmos e até onde fomos para esse sonho se realizar.

No que você acredita em sua vida? Acha que precisamos cortar-nos as vezes também?
Um beijo,
Vanessa Preuss 




quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Das coisas que acredito: Existe amor verdadeiro!


Pode acreditar. Essa história maçante de que nunca vai encontrar alguém legal e que te ame de verdade está no passado. Lógico: a primeira pessoa que você beijar provavelmente não terá que ser seu namorado- geralmente não é mesmo- e você não precisa se desesperar com isso. É absolutamente normal e conheço pouquíssimos relacionamentos em que isso acontece- CLAP, CLAP para as que conseguem-. Damos nosso primeiro beijo geralmente muito novas, e depois que vamos amadurecendo, tudo passa a ser diferente em nossa cabeça. Sem tantas preocupações- ou mais ainda.. ahaha- vamos nos tornando mais determinadas e objetivas naquilo que queremos, seja na vida, no campo amoroso ou no profissional. Por isso, se você não ver estrelinhas e seu estômago não estiver dando saltos ornamentais dentro de você na primeira bitoquinha que der, saiba que isso é absolutamente normal. É claro que a gente se decepciona com caras que vemos por aí também, que são românticos à primeira vista, e que não querem nada com nada depois. O que acontece com eles, afinal?

É nesse instante que um pensamento surge e se instala na minha cabecinha. Pode ter certeza: os homens são um pouco mais demorados na hora de amadurecer, e isso implica em não desejarem algo sério tão cedo. Se você ainda não sabe direito o que quer fazer na faculdade, ou que roupa usar para ir até o supermercado- nem vamos falar da balada que senão complica- como pode dizer sobre um relacionamento? É complicado, não é mesmo? Pense agora o que pensaria se estivesse com três anos a menos. Quase impossível, né? 



E não acuso eles por isso. Tanto como eu e você, todo o mundo vai passar essa fase boa de nossa vida somente uma vez. E quer saber mais? Apesar de tudo, amadurecer é muito bom. Traz mais maturidade, e isso também fortifica muito um relacionamento depois, quando você e seu sapinho encantado decidirem entrar de verdade nele. Então, por que se amarrar tão cedo, se você pode se divertir e deixar para encontrar o príncipe ou a princesa mais tarde? Receber um não não significa que alguém não possa te amar. Já experimentou amar a você primeiro?

Já li pesquisas que dizem que as pessoas costumam encontrar seu verdadeiro amor lá por cerca dos trinta anos, quando seu círculo de contatos vai ficando maior. Se é verdade ou não, de toda forma costumo dizer que você não precisa ter pressa. Lentamente, os beijos vão ficando mais doces, mais suaves, e chegará aquele momento em que você vai dizer para si mesma que realmente encontrou quem desejava. E mesmo que seu ‘príncipe’ não te deixe o café na cama e nem diga o quanto te ama a cada vinte segundos, a atenção e o carinho dele serão a prova verdadeira de que te ama, se isso realmente acontecer. Pode acreditar: nosso feeling feminino não mente!Mesmo que depois de algum tempo vocês briguem, e você não consiga entender como ele pode se esparramar daquele jeito no sofá de seus pais, isso é um boa novidade: significa que ele se sente à vontade ali. Quase como em casa! Haha

Um relacionamento de verdade te ensina muito. Você aprenderá que ceder às vezes será preciso, e mesmo que seja por coisas chatinhas como assistir ao jogo de futebol, ou aquela liga super almejada da qual não entende nada, pense que isso será tudo para fortificar o relacionamento. Ou você também não vai querer que ele vá até a loja de roupas do shopping com você? Relacionamento, quando tem amor e respeito, é verdadeiro. E quando duas pessoas se amam de verdade, vale a pena abdicar de algumas coisas se isso trouxer vantagens para ambos os lados.
Concorda com isso também?
Deixe sua opinião!
Uma bitoquinha para você, :)
Vanessa Preuss

UM POUCO SOBRE MIM


Tive o sonho de ser modelo (como a grande maioria das mulheres) desde pequena. Bem, talvez eu não fosse tão pequena assim. Pensei, e também pesquisei sobre o assunto quando tinha cerca de 14 anos. Geralmente é essa a idade em que as modelos são descobertas(ou que deveria pelo menos ser, por estarem no início da juventude, e por ser este um caminho longo e nem sempre proveitoso- eu não sabia disso na época!). Mas, vejam bem. Eu tinha certeza que isso jamais aconteceria comigo por dois simples motivos. 1º- Eu não era alta, e 2º- Eu não passeava em shoppings centers. Não, eu não estava louca. Vou explicar o último. Sempre, em toda minha vida até então, eu tive a clara certeza que todas elas eram descobertas em shoppings centers. “Fulana de tal foi encontrada por um olheiro passeando no shopping center na capital”. Entendeu? Era assim para mim.

Então, se toca garota, adeus ideia imbecil de ser modelo.


Falei isso para minha consciência, mas ela não aceitou. Eu nunca revelara isso a ninguém, mas passava suspirando vendo os concursos de misses na TV, e de soberanas na minha cidade. Minhas amigas sempre foram lindas e eu desejava ser assim também. Mas qual era o problema comigo, afinal? Eu não era bonita também? Pois bem, eu iria descobrir o porque dessa dúvida mais tarde, o que seria um dos maiores aprendizados de minha vida. Mas antes (eu sempre detestei essa parte) tive que passar por uma prova grande de superação. E fui eu mesma que a impus para mim. Tive anorexia aos 16 anos. Sim, é verdade. Quem me conhecia na época sabe o que eu me tornei (não o que passei, porque isso só eu sei.)Pois bem, eu estava no segundo ano do ensino médio, trabalhava, estudava, e não me alimentava. Não sei se pelo fato de desejar ser modelo em si. Decidi assim, por um impulso negativo da minha cabeça, pela decisão desnecessária de que precisava emagrecer. Emagreci. Muito. Até demais. Atingi o meu objetivo feliz, pouco tempo depois, mas em frangalhos. Eu não tinha forças sequer para me manter em pé. Sequer para chorar. Brigava por tudo, me tornei uma completa chata. Tudo era comida em minha cabeça. Não à comida. Deixei minha mãe louca, mas não sei como eu não enlouqueci. Ou morri. Tudo bem, não vou me exaltar. Quando estava ao meu extremo, comi. Com culpa, dor e remorso, mas comi. Eu não sentia mais a vida em mim. Pedi urgentemente para minha mãe se ela me permitia largar o emprego. Eu não aguentava mais. Ela deixou, e no tempo que passei em casa, pude me recuperar. Isso quer dizer, engordar. Precisei tomar hormônios, por não menstruava mais. Depois pílula, e lentamente, fui me tornando uma mulher de novo, de verdade. Entrei no grupo de jovens da minha cidade, e aquilo me abriu a cabeça em muitas coisas que não eram claras para mim antes. Minha fé se tornou a mais pura possível. Eu rezava todo dia, ia toda semana á missa. Eu começava a me apaixonar pela vida novamente. Durante o tempo que permaneci em casa, escrevi um livro que jamais terminei, mas que floresceu em mim o gosto que eu sempre cultuava: a escrita. Voltei ao colégio(eu jamais tinha parado, mas dessa vez a sensação era diferente), participei das escolhas de soberanas da minha cidade, e não fui escolhida. Escreverei um outro texto sobre ser soberana para vocês aqui, mas agora não vou me aprofundar. Não fui escolhida. Ponto. O que fiz? Comemorei com a minha melhor amiga, porque, de fato, ela tinha merecido e estava muito linda. Depois, fui para casa e pensei: não era o teu momento. Uma semana depois, voltei a trabalhar. Aquele emprego me fez evoluir mais um bocado. Digo, UM BOCADO, assim, com ênfase e letra maiúscula, pois foi assim que me senti depois que saí de lá, para trabalhar no jornal da cidade vizinha. Aliás, vale lembrar que antes disso, bem antes, entrei na faculdade de jornalismo, em 2011, e trabalhei durante 3 anos na empresa Kappesberg e escrevendo artigos para um pequeno jornal quinzenalmente. A passagem no jornal, mesmo que breve, foi muito prazerosa. Conheci pessoas fantásticas, maravilhosas, com cabeça feita e muito, muito dinâmicas e trabalhadoras. Fiz amigos, saí de lá cedo demais. Mas percebi que um broto nasceu dentro de mim. Primeiro era a dúvida. Por que eu, estudante de jornalismo, fui trabalhar em um jornal e não me encontrei ali? Faltaram anos na graduação? Faltou um pouco de espera? Não e não. Não faltou nada disso. Faltou saber que aquilo, o jornalismo impresso, não era para mim. Eu é que precisava me encontrar. Fui fazer jornalismo porque, óbvio, gostava de escrever. Eu precisaria gostar de escrever se quisesse fazer jornalismo, certo? Certíssimo. Mas também preciso gostar de escrever se, bem, por exemplo, quisesse escrever somente artigos, ou crônicas, ou livros. Humm, que acham? Eu só sei que me achei. E que me sinto muito feliz com isso. Trabalho em outra empresa em Tupandi, na parte administrativa e estou cada vez mais ciente de que nada vem por acaso na nossa vida. Aprendi deveras aqui, deveras. Agradeço copiosamente todos os dias, com as mãos bem elevadas ao céus, por ter pessoas tão influentes ao meu lado, que possam me engrandecer tanto. Claro, tenho tão somente 21 anos, ainda há muito pela frente. Mas, gente, é muito bom poder olhar para dentro de si e perceber o que você realmente quer e precisa fazer. Todos nós temos nossa missão no mundo. Meu sonho de ser modelo, infelizmente, abandonei. Mas deixar de sonhar isso me abriu um novo caminho, muitos outros sonhos, e já me traz muitas alegrias. Esse monólogo extenso demais é somente um pouquinho de mim, mas já dá a entender a dimensão do mundo diante daquele meu olhar pueril que sustentei até minha adolescência (que permanece um pouco até hoje e que manterei acesa para sempre dentro de mim). Digo isso porque acredito que ser criança é uma das melhores experiências que podemos ter, mas ver a si mesmo crescer, evoluir e dar a cara a bater, gente, é uma coisa espantosamente fantástica e prazerosa. Só quem chega ao fim sabe o quanto o caminho que percorremos ensina e nos faz crescer.


O que acharam da minha história? Já passaram por algo semelhante?

Um beijo grande,

Vanessa Preuss

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Percepções Femininas



De repente você descobre que nasceu há algum tempo, e é menina. Descobre que tem super heróis chamados pais e que sua boneca preferida é a mais velha do baú. Você cresce, descobre que a lua não é de queijo e que seus personagens favoritos não falam, e isso te irrita bastante. Quando vira moça seu corpo muda, e algumas coisas mudam com você. Você não gosta mais de bonecas nem de pular amarelinha, e passa a se olhar diferente de quando era menor. Quer ser adulta. O mundo em volta passa a ser adulto e as paqueras começam a aparecer. Você beija na boca, se decepciona, sofre e chora, pensa que o mundo vai acabar e ele não acaba.
Depois de mais um tempo, descobre o sexo e descobre que ele não é um tabu. Você tem medo, receio e sequer sabe como vai se comportar na hora H. Então, quando o momento aparece, só não é natural se você não permitir que ele seja. Você encontra um amor e ele dura para sempre, ou uma semana. Descobre que não há receitas para prender alguém, nem para ser feliz, tampouco para aprender com as tristezas que aparecem. É a formula da vida que irá te ensinar.
Você descobre que às vezes o mundo é injusto e nada é feito para mudar essa condição. Aprende seus próprios conceitos e começa a dar algumas lições de vida, quando nem a si mesma não ensinou. Você vai errar, cair, mas deve levantar. Você descobre depois de um tempo que quem vence é aquele que persistiu mais tempo.

 
 
 
Você descobre quem nem todos os relacionamentos são perfeitos, mas que cada um deles te ensina uma forma de viver diferente. Descobre com o tempo seus gostos e desgostos, e percebe que nem todas as pessoas gostam de você como você gostaria. Há quem vá te adorar e outras que vão te odiar. Mas, apesar de tudo, a sua vida vai ter que seguir.
Mais algum tempo e você aprende que dinheiro é importante, mas não é tudo na vida. E descobre que tem uma missão a cumprir. Essa missão vai ser qualquer coisa que passará a ser tudo na tua vida, e se você batalhar por ela, ela te trará o dinheiro que um dia você sonhou. E então você terá certeza que ele não foi realmente tudo, e que na verdade foi o teu trabalho que te engrandeceu. Você vai descobrir que os anos passam depressa e um dia você vai desejar casar. O casamento será perfeito se ambos derem o melhor de si e fizerem a sua parte, e mesmo assim ainda surgirá alguns empecilhos. Faz parte e será muito normal, desde que o respeito prevaleça. Chegará um dia em que você desejará ter filhos e aprenderá a amar alguém da forma mais forte e onipotente possível. Isso te ensinará muito sobre a vida e você perceberá que muitos dos seus comportamentos de adolescente foram incabíveis. Você amadurecerá, e mesmo com esse amor pulsando fora de você, seu conhecimento por si mesma será ainda maior. E seu amor pelo seu companheiro poderá aumentar ou diminuir, dependendo do quanto vocês se dedicarem a ele. E a vida passará, você irá cair mais umas dezenas de vezes, levantará outras dezenas, e aprenderá a chorar lágrimas mais fortes e a dar risadas mais gratificantes. Seus pulsos serão de aço e você saberá exatamente a roupa que cairá bem para você. Olhará no espelho e finalmente vai conseguir sorrir para si mesma. É a maturidade que chega. E você conquista seus bens materiais e a vida vai ficando mais confortável, e mesmo assim você desejará não parar. Quando se aposentar, talvez você pare. Talvez não, mas isso será uma resposta que só seu coração poderá dizer. Quando seus filhos estiverem crescidos e você voltar a se olhar no espelho, dará gargalhadas.Seus pensamentos serão mais compreensivos e você verá a vida com olhares diferentes. Ainda poderá mudar, e irá aprender muito com as perdas dela. As lágrimas ainda descerão de tristeza, mas muito mais de alegria. Você pode até sentir falta da juventude, mas terá certeza que crescer foi a melhor coisa que lhe aconteceu. E quando você morrer, tenha só a certeza que fez tudo que podia. Caso contrário, pule de paraquedas no ar. Você poderá deixar de acreditar em conto de fadas, mas quando chegar lá embaixo, vai perceber que a sua vida foi muito mais que isso.



 
Um beijo grande,
Vanessa Preuss