sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

A GENTE SE ENCONTRA POR AÍ

Quando eu souber o que é amar, talvez eu vá dar um toque para você.
 Mas não espere que eu ligue, será um toque, e se eu tiver vontade mesmo de fazê-lo, será bem sutil. Ainda estou em regalias com meu ego.
 Não espere estar com os amigos para rir e mostrar a tela do seu celular quando meu nome aparecer e vibrar. Isso não vai acontecer.
 A relação com meu coração está sendo bem discutida, e se não percebe, a com o seu também está. Prepare-se para surpresas, ou não.
 Não tente me mandar flores ou chocolate nesse meio tempo para me acalmar. Sim, você sabe que sou louca por isso, mas num momento como esse, vou entender erroneamente como uma tentativa de compra. Então, não o faça. Acredite, não vai funcionar. Nem isso nem as mensagens meladas para me atormentar. Se eu estivesse precisando aumentar minha glicose, me suicido melhor com um pote de mel.
 Tudo o que eu preciso é de um tempo. Não de você- não confunda sentimentos com encontros ou pessoas, faça-me o favor - nem de ninguém.
 Preciso de um tempo para mim, para respirar, para repor as energias. Um tempo com a minha própria solidão.
Descobri que, às vezes, é preciso ouvi-la.
 E Deus e eu saberemos o que fazer depois. Então, por favor, não se preocupe comigo.
 Eu estarei me alimentando bem, deitada em minha rede na minha casa ou na de uma alvenaria alugada.
 Eu estarei bem, com meu exemplar de uma garota em reconstrução bem resolvida em mãos, pondo-a em prática.
 Feliz, sorridente e encantada com minha própria capacidade de revolução.
 Com cookies integrais ao lado e saídas ilimitadas ao museu, teatro, cinema, forró e pagode.
 Eu me tomarei como mulher de fato, e não depender de você para tudo será a maior prova disso.
 E a gente vai se vendo. Quem sabe nos demos umas piscadinhas, algum dia desses.
 Mas por enquanto, seja muito feliz.

 E, como diz o ditado, até breve. A gente se encontra por aí.


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